segunda-feira, 9 de maio de 2011

Estação POSTO TELEGRÁFICO DE TELHAS - Localizada na serra entre Bicas e Rochedo de Minas.


Matéria atualizada em 05 de março de 2021.



Nas duas fotos acima, de dezembro de 2012, o que sobrou da Estação/Posto Telegráfico de Telhas: a plataforma de embarque e desembarque de passageiros e, ao fundo, a Casa do Chefe da Estação.



Em 2012 estive acompanhado do cartunista Carlos Latuff, que me presenteou com esta bela gravura.



Na descida da serra de Bicas para Telhas o Trem passava por este pequeno pontilhão, de onde se tinha este visual.



Acima, grande presente da amiga biquense Zezé Lhamas, na foto acompanhada de irmãos e primos na Estação de Telhas. Podemos observar que a estação não tinha as paredes em alvenaria, mas em madeira. Apenas as paredes das cabeceiras eram em alvenaria.



Acima, a localização do Posto Telegráfico.
Abaixo, uma composição fotográfica relembrando a chegada do trem à estação.





A antiga  plataforma de embarque e desembarque de passageiros e, ao fundo, a Casa do Chefe da EstaçãoEntre elas, um belo lago tendo um chafariz com torre em pedras de minério.



Era esta bela fonte de água cristalina que mantinha sempre cheia a antiga caixa d'água de Telhas, para abastecer as Locomotivas e estas recuperarem a pressão de vapor.





Acima, o belíssimo visual da Estação/Posto Telegráfico mereceu esta composição fotográfica - "o Trem descendo a serra".









Estação - TELHAS - Posto Telegráfico


Município: Bicas
Estive no local em: 09 de outubro de 2009 e em 23 de dezembro de 2012.
Inaugurada em: sem informação
Ramal: Linha de Caratinga – Km 199,772 (1960)
Altitude: 463m

Uso Atual – Antiga estação demolida. Só restou sua plataforma e a Casa de Turma. Hoje, propriedade particular.

Situação Atual – Trecho declarado erradicado e sem trilhos.

Cia. União Mineira (1879-1884)
Cia. E. F. Leopoldina/Leopoldina Railway (1884-1950)
E. F. Leopoldina (1950-1975)
RFFSA (1975-1994)









HISTÓRICO:


O Posto Telegráfico de Telhas foi inaugurado já pela Leopoldina após a aquisição da linha em 1884.

Algumas estações eram construídas em locais onde não existia nada, como no caso de Telhas. Tratava-se de uma exigência técnica, já que para vencer a serra de Telhas e chegar a Bicas era necessário o abastecimento da locomotiva, especialmente com água, aproveitando para recuperar a pressão de vapor. Assim, enquanto o trem estava parado, o foguista ocupava o tempo recuperando a pressão.

Muitas vezes paradas como estas também eram usadas para cruzamento de trens.

 

 

A ESTAÇÃO E A CASA DO CHEFE DA ESTAÇÃO:


Pouco se sabia sobre o Posto Telegráfico de Telhas, Estação localizada na descida da serra de Bicas para Rochedo de Minas.

Após muitas conversas com ferroviários aposentados buscando alguma foto ou referência da estação, decidi refazer o percurso pelo antigo leito da ferrovia e aí veio a recompensa: num belíssimo cenário no meio da serra, encontrei um prédio - a Casa do Chefe da Estação - com parte de suas características ainda preservada, em especial sua fachada. Com autorização do atual proprietário, procurei nas imediações, já que próximo à casa de turma existe uma bela nascente que, graças à grande pressão de saída de água foi transformada num belo chafariz.

Era esta nascente que enchia a caixa d'água que abastecia as locomotivas a vapor. E ali bem próximo, finalmente encontrei as ruínas do Posto Telegráfico de Telhas, vendo-se o alicerce da estação e principalmente sua plataforma. A destacar que todo o leito da ferrovia nas imediações da estação está preservado, onde ainda podemos encontrar britas e bueiros, logicamente sem os trilhos. A destacar também a inclinação do leito apresentando uma forte subida em direção a Bicas.

 

 

HISTÓRIAS:


Para ilustrar um pouco do romantismo da história da ferrovia, trago a história de Nair Rosa de Souza, viúva de Hélio Alves de Souza. Ele nos bons tempos da EFL foi Agente de Estação em Telhas, tendo trabalhado também em diversas estações na Zona da Mata mineira.

Ela e as demais mulheres que moravam nas imediações da Estação tinham por hábito fazer bolos, café e doces para vender aos passageiros dos trens que ali paravam para abastecer as caldeiras das locomotivas com água.

Dona Nair e o Sr. Hélio se conheceram na Estação de Telhas, casaram-se e constituíram uma grande e bela família, que a cada transferência dele para uma nova estação seguiam todos com ele em nova mudança. Dona Nair e suas filhas moram hoje em Bicas.

 Além do posto telegráfico de Telhas, Sr. Hélio trabalhou também nas estações de Tocantins, Diamante de Ubá e Cataguases, além de Campos, no estado do RJ.

 

Saiba mais sobre o Posto Telegráfico de Telhas visitando os link's abaixo:










Na foto acima, a entrada da hoje propriedade rural aproveitando o antigo leito da ferrovia num visual que conjuga simplicidade com rara beleza.








Acima, a plataforma da Estação de Telhas - foto em 10/2009.



Nas duas fotos abaixo, a antiga Casa do Chefe da Estação.









Observem nas duas fotos abaixo, a forte inclinação do antigo leito ferroviário na subida da serra. Por todo o caminho ainda encontramos vestigios de brita, lembranças dos velhos tempos da ferrovia – fotos feitas em 10/2009.




 
Na seqüência abaixo, fotos feitas em 10/2009.














Abaixo, um bueiro nas imediações da Estação de Telhas.











2 comentários:

Emmanuel Almeida disse...

As fotos contam e passam a emoção, imagens e lembranças. Agradeço esse sentimento positivo.

Anônimo disse...

Dei uma olhada no blog e achei muito legal! Queria saber se a gente consegue ver a Estação de Telhas da estrada? Ou se o acesso até lá é difícil? Tenho um amigo que o avô dele morava lá com sua família.
Meu pai que morava em Roça Grande conheceu essa família lá, se não me engano. Depois mudaram prá São João.
Marcelo Antonucci