"Parecida com a Parada Salgadinho, a Parada Iriritimirim ainda está
relativamente bem conservada". Por Paulo Neiva Pinheiro, que visitou a Parada em junho de 2022.
A pequena plataforma. De um lado, a rampa. Do outro lado, a escada.
Na sequência abaixo, registros de Da Silva Junior, que visitou
a Parada Iriritimirim várias vezes.
Da Silva Junior na Parada Iriritimirim.
Paulo Neiva Pinheiro na Parada Iriritimirim.
Parada IRIRITIMIRIM-ES
Município: Alfredo Chaves-ES
Linha Do Litoral - Km 564,465 (1960)
Altitude: 550 m
Estação inaugurada em: 1920 ?
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos Paulo Neiva Pinheiro e Da Silva Junior.
Uso atual: Inativa, mas em bom estado de conservação.
Situação Atual – Tráfego suspenso. Com trilhos.
E. F. Leopoldina (1920-1975)
RFFSA (1975-1996)
FCA (1996 - ...)
HISTÓRICO DA LINHA:
Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht... “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória. A partir de 1996 a linha funcionou para cargueiros por mais alguns anos sendo operada pela FCA. ”
A
ESTAÇÃO:
Paulo Neiva Pinheiro esteve na Parada Iriritimirim em junho de 2022 e traz seu relato...
“A Parada de Iriritimirim não tem data de
inauguração conhecida. Há uma referência de que ela já existia nos anos 1920:
‘Matilde
era distrito e centro de convergência de outros núcleos a nordeste. Meia dúzia
de casas, igrejinha, venda, padaria, da qual Dona Matilde era a padeira. A
escola construída pelos colonos foi fechada pelo governo, que lá instalou a
delegacia de polícia, porque a professora, coitada, lecionava em italiano. A
Matilde Nova esboçou-se junto à ponte e à Estação da Estrada de Ferro, que se
chamava Engenheiro Reeve, em homenagem póstuma ao profissional inglês tocaiado
com dois tiros de espingarda. Vinha de Iriritimirim, última parada, na época,
trazendo doze contos de réis para o pagamento dos operários’.” Luiz Serafim Derenzi, descrevendo o
local da estação nos anos 1920; reproduzido de
gazetaonline.globo.com/estacaocapixaba.
Outra
referência sobre Iriritimirim:
‘A parada
situa-se nos fundos de alguns sítios, por onde a linha do litoral percorre. Há
uma igreja, um cemitério e uma unidade de saúde no local também. Toda a linha segue
desativada - abandonada, mais precisamente - pela empresa que detém a
concessão. No trecho vemos muitos dormentes apodrecidos, mato invadindo o leito
e quedas de barrancos com impedimento da passagem.’
Fabio Libanio, 11 de julho de 2020.
“Estive
lá em 2022 e tudo parecia mais abandonado ainda. O local parecia uma cidade
fantasma, não sei se por ser dia de domingo, creio que estavam todos na missa,
pois na igreja do lugarejo havia um certo movimento. De frente para a porteira
da propriedade que precisa ser atravessada para se acessar a parada ferroviária
tinha uma casa com pessoas na varanda. Perguntei como fazer para tirar umas
fotos. Disseram-me para adentrar a propriedade e chamar por Miguel - acho que
era ser esse o nome. Assim o fiz, chamei pelo nome dele, mas não havia uma alma
viva no local. Somente os cachorros - presos. Na saída, agradeci o pessoal e
eles me disseram que mais à frente havia um túnel também. Intrigado, liguei o
carro e segui em frente, me deparando com uma espécie de viaduto bastante
interessante.”
Da Silva Junior esteve na Parada Iriritimirim diversas vezes, sendo a primeira visita em maio de 2018 e traz seu relato...
“Fundada na época da Leopoldina
Railway Company, sobre a Estação/Parada existe uma passagem triste em sua
história. É que, próximo à Estação/Parada morreu o Engenheiro Inglês Charles
Bloomer Reeve. Reeve era o Engenheiro da Ferrovia na época da Estrada de
Ferro Sul do ES e não queria levar o trecho de ferrovia subindo a Serra para
Engano, contrariando seu desafeto Carlos Gentil Homem - o coronel da época –
que exigia que a Ferrovia passasse nas suas terras, época do Coronelismo no
Brasil. O engenheiro teria sido tocaiado perto dessa Estação/Parada a mando do
Cel. Carlos Gentil, que de Gentil não tinha nada.”
Na sequência abaixo, mais alguns registros de Da Silva Junior, que visitou a Parada Iriritimirim várias vezes.
Na sequência abaixo, mais alguns registros de Paulo Neiva Pinheiro, que visitou a Parada Iriritimirim em 2022.
A 'passagem de nível' e uma erosão próximas à Parada Iriritimirim, registros de Da Silva Junior.
Para Paulo Neiva, essa casa com certeza é da época em que a Parada Ferroviária
funcionava.
Procurando o 'túnel' que o pessoal da vizinhança dizia existir, Paulo Neiva seguiu em frente deparando-se com um viaduto bastante interessante.
2 comentários:
Parabéns pelo ótimo trabalho Amarildo!
Paulo Neiva Pinheiro
Parabéns pelas ótimas fotos Paulo Neiva Pinheiro!
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