sábado, 9 de junho de 2018

ESTAÇÃO SILVESTRE - Também localizada no Município de Viçosa.

Matéria atualizada em 29 de maio de 2024.

Acima e abaixo, a Estação Silvestre em junho de 2020, em registros de Roberto C. Dutra. Vê-se que o prédio histórico continuava abandonado. 



Estação Silvestre "Passado & Presente", num interessante comparativo da foto de 1990 com a de 2018.


Abaixo, registros que fiz em minha visita à Estação Silvestre em maio de 2018.




Abaixo, bem ao lado da Estação, um prédio com características de uma antiga Casa de Turma.


 Abaixo, algo que ainda não conhecia: uma "estaca" fixada na plataforma da Estação denominada “Referência de Nível”  - também conhecida com Placa de Nível - que segundo informações, existe em todas as Estações Ferroviárias. É nela que fica registrada a altitude da Estação.






Estação SILVESTRE



Município: Viçosa
Linha de Caratinga – Km 388,567 (1960)
Altitude: 635,789m (referência de nível fixada na plataforma da Estação)
Estação inaugurada em:  12 de dezembro de 1914.
Estive no local em:  09 de maio de 2018. As fotos de 2020 são de Roberto C. Dutra.
Uso atual: Fechada. Apesar de tombada como Patrimônio Histórico Municipal, a antiga Estação encontrava-se em estado precário. 

Situação Atual – Trecho não suprimido oficialmente. Tráfego suspenso, com trilhos.



HISTÓRICO:

Terminando minha “turnê” por Viçosa em 2018, após conhecer sua bela Estação, visitei a caixa d’água no local onde ficava situada a antiga Estação Flor da Mata em belíssimo cenário na área rural. Em seguida, retornamos à cidade para conhecer a Estação Silvestre.
Localizada no bairro de mesmo nome ainda em Viçosa, mas já no sentido à Ponte Nova e Caratinga - ponto final da linha, esta foi minha última visita na companhia de Edvaldo Ferreira dos Santos - o Vado, a quem agradeço a atenção e respeito dispensados ao meu trabalho de resgate da história da Estrada de Ferro Leopoldina.


A ESTAÇÃO:

Chegando à Estação Silvestre“bem tombado pelo Município de Viçosa”, confesso que fiquei um pouco decepcionado com o estado em que a encontrei. Grandes rachaduras, pichações e telhas quebradas num claro aspecto de abandono. Esperava realmente que ela já estivesse no programa de restaurações de Patrimônio Histórico da cidade, mas após receber fotos de 2020 enviadas pelo amigo e colaborador da página Roberto C. Dutra, vi que tudo continuava igual.

Em conversa com vizinhos da Estação, descobri algo que ainda não conhecia. Nos apresentaram uma estaca fixada na plataforma da Estação denominada “Placa de Nível” que, segundo informações recebidas de antigos ferroviários, existe em todas as Estações. Nela se lê: Referência de Nível – Não Destruir – N° 127 – 635,789m – Protegido pela Lei – Conselho Nacional de Geografia.
O curioso é que, diferente da altitude nela apresentada, a placa fixada na parede da Estação assinala “Alt. 633,910”. Creio que a estaca mereça mais consideração de veracidade da informação, já que em minhas viagens encontrei muitas placas com informações bem divergentes em relação à altitude das Estações, como por exemplo, a  distância registrada na placa na parede da Estação - Km 504,568. Trata-se de mais um detalhe para estudos de todos os pesquisadores e historiadores ferroviários, mas acredito que tal diferença deva-se à mudança de percurso de quando os trens vinham por Petrópolis para chegar a Três Rios. Com o fim daquele Ramal, os trens passaram a vir do Rio de Janeiro por Miguel Pereira para chegar a Três Rios.

O amigo Vado aproveitou para conversar com a vizinhança sobre a possibilidade de realizarem uma limpeza no trecho ainda com trilhos para a realização de um passeio com o Biciclotrem.
Anexa à Estação, encontramos uma edificação com características de uma Casa de Turma, hoje residência particular.


Diferente da altitude apresentada na “Referência de Nível”, a placa fixada na parede da Estação assinala “Alt. 633,910”. Tal diferença pode estar associada ao fim da Linha que vinha por Petrópolis, passando a vir por Miguel pereira para chegar em Três Rios.


Acima e abaixo, o telhado da antiga Estação ruindo, bem como rachaduras na parede. Registros do problema da falta de manutenção vistos 2018 que permaneciam em 2020.


A Estação Silvestre em 1990, outro antigo registro do acervo de Hugo Caramuru. 


 Apesar de ser um bem tombado pelo Município de Viçosa, em 2020 a Estação Silvestre continuava merecendo mais atenção da administração pública. Na foto acima, 2018. Abaixo, 2020, e o prédio histórico seguindo em estado precário.



Na sequência abaixo, mais alguns registros que fiz em minha visita à Estação Silvestre em maio de 2018.








Encerrando com outro antigo registro da Estação Silvestre - acervo otremexpresso.


Um comentário:

Anônimo disse...

Muito interessante. Apesar de maltratada, ainda está de pé, e com trilhos.Fico curioso pra saber como está o antigo terminal de calcário, logo após a ponte.