quarta-feira, 20 de março de 2013

Obras do artista biquense OCTACÍLIO JOSÉ MOREIRA registram a história da Dondoca e da ferrovia em Bicas.

O grande artista, ajustador ferroviário Octacílio José Moreira "in memóriam".

Foto, agosto de 2001.






Duas belíssimas miniaturas da "Dondoca", locomotiva diesel construída por ferroviários biquenses nas oficinas de Bicas.



Hoje venho prestar uma singela homenagem a um grande artista biquense, o Ajustador Ferroviário Octacílio José Moreira “in memóriam”, que além de ferroviário, era exímio modelista, amante da ferrovia e de sua história, enfim, um homem que registrou seu nome na história de nossa cidade ao criar belíssimas miniaturas de Locomotivas e Vagões, verdadeiras obras de arte que deixaram gravadas para sempre em nossa memória, a história da Estrada de Ferro Leopoldina.
Tudo começou quando, tentando resgatar uma parte importantíssima da história da ferrovia em Bicas, buscava fotos, documentos e referências da Locomotiva Diesel “Dondoca”, carinhosamente assim chamada pelos ferroviários biquenses por ter sido totalmente construída por eles.
Isso mesmo: Uma Locomotiva totalmente projetada e construída por ferroviários biquenses! Entre eles, é claro, o “artista” Octacílio.
Eis que um belo dia chegou ao meu conhecimento que um ferroviário biquense havia produzido a miniatura da cobiçada Locomotiva. Fiz então um primeiro contato com Dona Pompéa, viúva do grande artista Octacílio, que gentilmente me atendeu e agendou um encontro para apresentar uma parte do belíssimo trabalho que seu esposo havia realizado. Naturalmente aguardei com grande expectativa aquele encontro.
Qual foi minha surpresa quando descobri que não era apenas uma, mas duas belíssimas miniaturas da “Dondoca” em escalas diferentes, além de outra Locomotiva a Vapor em cor predominantemente Verde.
Dona Pompéa ainda me apresentou fotos de inúmeros trabalhos realizados por Octacílio, belos exemplares de Locomotivas a Vapor, além de fotos de uma belíssima mostra apresentada em Feira Cultural de uma Escola pública biquense, onde podemos ver uma bela maquete das oficinas de Bicas.
Hoje, lamentavelmente a Locomotiva Dondoca verdadeira já não existe mais, retalhada e destruída pela estupidez de inúmeros governantes que praticamente destruíram toda a malha ferroviária aqui na zona da mata mineira e em todo o Brasil.
Meu sonho era resgatá-la de volta para Bicas no estado em que se encontrasse, mas infelizmente não foi possível. Cheguei tarde demais!
Mas as belíssimas obras de arte de Octacílio ficaram registradas através destas miniaturas. Ao vê-las me senti homenageado, pois sem dúvida, trata-se de uma belíssima homenagem a todos os ferroviários biquenses.
Graças à generosidade de Dona Pompéa, que nos permitiu fotografar as miniaturas, trazemos hoje as fotos deste belíssimo trabalho, as pequenas Locomotivas construídas artesanalmente por Octacílio com uma riqueza de detalhes que impressiona até aos leigos no assunto.


Aqui, a pequena Dondoca acompanhada de uma Locomotiva a Vapor.





Na seqüência abaixo, fotos do modelo em menor escala da Locomotiva Dondoca.














Na seqüência abaixo, fotos da Locomotiva a Vapor.










Na seqüência abaixo, fotos do modelo em maior escala da Locomotiva Dondoca.




















Observem a riqueza de detalhes da cabine do maquinista para um trabalho totalmente artesanal.






"Criador e sua obra de arte", em foto de 16 de junho de 2004.










Nas duas fotos abaixo, maquete das antigas oficinas da RFFSA em Bicas construída por Octacílio e apresentada em Feira Cultural de uma Escola Pública da cidade, em 12 de julho de 2002.






Chaveiro oferecido a todos os ferroviários que participaram da construção da "Dondoca".






Fotos para guardar de lembrança do belíssimo trabalho do grande artista Octacílio.







Locomotiva Dondoca ainda em operação, por volta de 1975.




Abaixo, últimos registros fotográficos da Dondoca feitos pelas lentes de Luiz Felipe Lopes Dias e Carlos Latuff, já totalmente "depenada" e em estado deplorável no pátio das antigas oficinas de Praia Formosa, no Rio de Janeiro. Hoje ela já não existe mais...