Acima e abaixo, a Estação de Cachoeiro de Itapemirim em dois belos registros de Da Silva Junior.

Abaixo, a Estação de Cachoeiro de Itapemirim em mais quatro belos registros de Paulo Neiva Pinheiro.
Abaixo, Paulo Neiva Pinheiro e a Estação de Cachoeiro de Itapemirim em novembro de 2021.
Abaixo, Da Silva Junior e a Estação de Cachoeiro de Itapemirim, em maio de 2019.
Estação CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
herminio-soares
Saída para o Ramal Sul do Espírito Santo
morro-grande
Saída para a E. F. Itapemirim
praça-joão-pessoa
Município: Cachoeiro de Itapemirim-ES
Linha Do Litoral - Km 479,462 (1960)
Altitude: 29 m
Estação inaugurada em: 1903
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos Da Silva Junior e Paulo Neiva Pinheiro.
Uso atual: Secretaria de Cultura e Museu Ferroviário.
Situação Atual – Tráfego suspenso. Trilhos retirados.
E. F. Leopoldina ( 1903-1975)
RFFSA (1975-1996)
FCA (1996 - ...)
HISTÓRICO DA LINHA:
Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht... “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória. A partir de 1996 a linha funcionou para cargueiros por mais alguns anos sendo operada pela FCA. ”
A ESTAÇÃO:
Contando mais uma vez com as sempre importantes contribuições de Da Silva Junior e de Paulo Neiva Pinheiro, chegamos à Estação Cachoeiro de Itapemirim.
Da Silva Junior esteve na Estação Cachoeiro de Itapemirim em maio de 2019 e traz seu relato...
"A ‘Estação
Órfã’ de Cachoeira de Itapemirim foi
fundada em 23 de junho de 1903, época da Estrada de Ferro Sul do ES. Em 1907
foi arrematada em pela Cia Leopoldina Railway Company para, em seguida, fazer
parte da Estrada de Ferro Leopoldina. Em 1957 passou pertencer à RFFSA até sua
desativação, quando literalmente ficou órfã, pois em 1995 o prefeito da cidade fez
questão de retirar os trilhos do centro e pedir uma variante de Cobiça x Morro
Grande matando a ligação com essa Estação, sob a alegação de que os trens
incomodavam as pessoas e estavam atrapalhando, maior crime Ferroviário da
História no ES, uma pergunta: quem chegou primeiro??”
Paulo Neiva Pinheiro esteve na Estação Cachoeiro de Itapemirim em novembro de 2021 e traz seu relato...
“No final
dos anos 1880, a vila de Cachoeiro de Itapemirim - segundo os dados
estatísticos fornecidos por diversas fontes históricas – ‘poderia enviar para a
ferrovia cerca de 150 a 180.000 sacas de 4 café vindas dos arredores, da parte
norte da vila e das colônias vizinhas’. A Estação
de Cachoeiro do Itapemirim foi inaugurada ainda pela E. F. Sul do Espírito
Santo em 1903, segundo o Guia Geral de 1960. Era também chamada somente de
Itapemirim. Mais tarde, também se chamou Muniz Freire e finalmente tomou o nome
da cidade: Cachoeiro de Itapemirim. Ela fica localizada praticamente às margens
do rio Itapemirim, mas a uma distância que permitiu a construção de alguns
prédios entre ela e as águas do rio. Nas fotos mais antigas ela aparece tanto
com um nome quanto com outro, e não tinha o segundo andar que aparece nas fotos
mais novas e recentes: as fotos mais antigas mostram que havia apenas o andar
térreo e que o prédio era o mesmo, apenas tendo sofrido uma reforma com o
acréscimo do andar - uma torre central, na verdade - mais tarde. Existia próxima
à Estação da Leopoldina uma outra Estação
numa praça de nome João Pessoa - na verdade, era também o nome dessa Estação -
hoje a praça tem outro nome - Praça Pedro Cuevas Junior - e a Estação, que
servia de início à Estrada de Ferro Itapemirim que ia para o litoral, nessa
cidade (Itapemirim) não existe mais. As linhas não se juntavam, mas havia como
passar carga de uma para a outra. Em 1995, a linha principal da Leopoldina foi
retirada do centro da cidade, por onde passava por uma rua dividindo o trânsito
com os carros, e foi transferida para fora da área urbana. Ficou ali a Estação,
como lembrança do passado. A Estação da antiga Leopoldina no centro da cidade
foi totalmente reformada pela prefeitura e serve como Centro Cultural e Museu Ferroviário.
Em 2021 estive lá. Belo prédio, hoje no centro da avenida que foi construída no
lugar dos trilhos que cruzavam a cidade.”
América M. Moysés, em novembro de
2005...
"A Estação
da Itapemirim ficava a uns 200 metros da Estação da Leopoldina. Enquanto essa
perpassava a cidade de uma ponta a outra, a de Itapemirim chegava por outra via
e não chegava a alcançá-la, embora ficassem no mesmo plano visual. Ao chegar
próximo das estações, os trilhos das duas corriam paralelo, com um desnível de
1m - o da Itapemirim era o mais alto. A ferrovia para Itapemirim teve importância
econômica para aquele município, pois escoava a produção de abacaxi que era
depositada em grandes pilhas no pátio da estação da Leopoldina. A história dos
abacaxis ficou muito forte na minha lembrança: eram pilhas enormes e os
abacaxis, muito maduros, exalavam um forte cheiro que impregnava toda aquela
área em volta. Nós morávamos exatamente em frente à estação"
Na sequência abaixo, a Estação de Cachoeiro de Itapemirim em mais dez belos registros de Paulo Neiva Pinheiro.

Um comentário:
Quando pequena, viajei de trem de Cachoeiro até Marataízes. Um passeio inesquecível.
Lenita Fraga
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