domingo, 3 de agosto de 2025

Estação PARADA LAGINHA - Também conhecida como Laginha-Caiado.

Acima e abaixo, a Estação Laginha/Caiado de 1931 - a Parada Laginha - de construção bem rústica por sinal. Ficava nas terras do Fazendeiro Antônio Caiado, hoje localizada bem próxima de uma rodovia. Fotos de Paulo Neiva em 2021.


A Estação Parada Laginha em 1940.

Na sequência abaixo, a Estação Parada Laginha em fotos de Da Silva Junior feitas em 2025.





A Parada nos tempos em que a ferrovia ainda estava em atividade. 

A Parada Laginha foi construída para escoar a produção de café da Fazenda de Antônio Caiado. Hoje ela faz parte da história da cidade de Atílio Vivacqua. Fotos de Paulo Neiva feitas em 2021. 

Abaixo, a Parada Laginha em foto de 2024.

Pontilhão existente nas proximidades da Parada.


Paulo Neiva Pinheiro e a Estação Parada Laginha em novembro de 2021.


Da Silva Junior e a Estação Parada Laginha em janeiro de 2025.




atilio-vivacqua


Estação PARADA LAGINHA


satiro



Município: Atílio Vivacqua-ES

Linha Do Litoral - Km 452,406 (1960)

Altitude: 91 m

Estação inaugurada em: 01 de janeiro de 1902

Estive no local em:  Ainda não visitei a Estação. Fotos dos amigos Paulo Neiva Pinheiro e Da Silva Junior.

Uso atual: Ignorado.

Situação Atual – Tráfego suspenso, com trilhos. 


E. F. Leopoldina ( 1902 -1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996 - ...)




HISTÓRICO DA LINHA: 

Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...  “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória. A partir de 1996 a linha funcionou para cargueiros por mais alguns anos sendo operada pela FCA. ”


A ESTAÇÃO:

Contando mais uma vez com as sempre importantes contribuições de Paulo Neiva Pinheiro e de Da Silva Junior , chegamos à Estação Atílio Vivacqua.

Paulo Neiva Pinheiro esteve na Estação Parada Laginha em novembro de 2021 e em novembro de 2024 trazendo seu relato...

“A Parada Laginha fica nas terras do falecido fazendeiro Antônio Caiado, onde a Linha do Litoral passava com seus Trens sem fazer uma parada. Uma Parada não oficial foi construída pelo fazendeiro (Antônio Caiado, notar que na Parada tem esse nome escrito) que precisava escoar a sua produção agrícola, em especial o café, fazendo uso dos Trens da Leopoldina que por suas terras passavam. Como a Estação de Atílio Vivacqua não existia ainda - ela é de 1903 - o produtor local construiu uma por conta própria em 1902, que era uma parada muito simples e que ficava a 1 km do prédio atual, onde anteriormente o fazendeiro colocava toras de madeira ou sacas de café sobre a linha para forçar a parada da Locomotiva e assim embarcarem seus produtos para o seu destino final. Após negociações com a E. F. Leopoldina, a pequena e antiga parada foi reconhecida e foi então construída a nova e atual Estação, construção esta feita por volta de 1931 (esta data está no dístico da Estação), onde ele podia guardar as suas sacas de café contra a chuva e o sol. Foi aqui que ocorreu um acidente fatal onde o Trem tombou numa curva sobre uma casa, matando todos os moradores da mesma família, exceto o patriarca que estava fora, trabalhando, esse mesmo homem logo após o fatídico acidente acabou indo trabalhar para a companhia (EFL) através de um convite. Onde acabou se aposentando, resignado enfim com a fatalidade do destino. A Parada hoje se encontra abandonada e mal cuidada.”


Da Silva Junior esteve na Estação Parada Laginha em janeiro de 2025 e traz seu relato...

“O prédio atual foi construído em 1931, mas a Parada é de 01 de janeiro de 1902. Foi construída pela Família Caiado pra escoar sua produção na fazenda, como também para sua locomoção e dos funcionários pra se chegar a Marapé, nome antigo de Atílio Vivacqua. Segundo conta a história, o ‘velho’ Caiado jogava toras de madeira na linha fazendo com que as composições parassem, isso na época da Estrada de Ferro Sul do ES, aí se construiu a primeira parada. Antes era apenas uma pequena plataforma onde os funcionários e pessoas da família esperavam o Trem, aí a Leopoldina Railway reconheceu a Parada e oficializou, mas demorou um tempo para isso. Nesse local aconteceu um acidente terrível na curva depois do pontilhão, quando o Trem perdeu a sapata do freio e veio a tombar em cima de uma casa, sobrevivendo apenas o chefe da Família. Histórias... Hoje o prédio se encontra fechado e a Concessionária também não faz por onde.”


Abaixo, mais alguns registros de Paulo Neiva. A Parada Laginha em 2024.





Abaixo, Da Silva Junior e sua "Equipe de Campo" na Parada Laginha em 2025, onde o prédio histórico já apresentava sérios sinais de abandono. 





Abaixo, mais alguns registros de Paulo Neiva. A Parada Laginha em 2021.


Abaixo, mais dois registros do Pontilhão existente nas proximidades da Parada.