A Estação de Jucu ainda nos tempos da E. F. Sul do ES, por volta de 1900 no belíssimo registro do acervo do IPHAN. Acima, um recorte destacando a Estação.
Abaixo, a foto original do IPHAN sem recortes.
Nas fotos abaixo, ruínas da Estação
Ferroviária do Jucu.
A Estação de Jucu em outro recorte do belíssimo registro do acervo do IPHAN, ainda nos tempos da E. F. Sul do ES, por
volta de 1900.
A Equipe da Expedição: Paulo Neiva; Da Silva Jr; Rafael e Paulo Vitor.
Trabalho em equipe!
Estação JUCU-ES
Antiga Jabaeté
usina-eletrica
Município: Domingos Martins-ES
Linha Do Litoral - Km 609,350 (1960)
Altitude: 52 m
Estação inaugurada em: 1900.
Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos do amigo Paulo Neiva Pinheiro e dos amigos do IPHAN.
Uso atual: Estação demolida.
Situação Atual – Trafego suspenso. Com trilhos.
E. F. Sul E. Santo (1900-1907)
E. F. Leopoldina (1907-1975)
RFFSA (1975-1996)
FCA (1996 - ...)
HISTÓRICO DA LINHA:
Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht... “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória. A partir de 1996 a linha funcionou para cargueiros por mais alguns anos sendo operada pela FCA. ”
A ESTAÇÃO:
O amigo Paulo Neiva Pinheiro visitou a Estação de Jucu em expedição num trabalho de equipe com Da Silva Júnior, Rafael e Paulo Vitor. Segue seu relato...
“Inicialmente construída pela E.F. Sul do Espírito Santo em 1900, depois encampada pela E.F. Leopoldina como Linha do Litoral em 1907, a Estação de Jucu ficava praticamente no meio do “nada” dentro da mata atlântica, servindo muito mais para abastecimento de água das caldeiras das Locomotivas a vapor do que qualquer outra coisa. Com o passar do tempo, foi gradativamente abandonada. As Caixas d’água de concreto (duas) que captavam água do próprio local ainda estão no lugar. Existiam dois reservatórios interligados por uma tubulação de ferro. De uma dessas caixas saía uma tubulação também metálica que ia até a Locomotiva - essa já surrupiada. Por muito tempo se fez confusão entre esta Parada e a Parada da Usina Elétrica (PCH Jucu). Alguns afirmavam que eram a mesma. Como podemos ver no livro G1- Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960, eram paradas diferentes. A Parada Jucu fica após o Túnel de Pedra dos Ventos, sentido Viana-ES e após o Pontilhão de Ferro sobre o Rio Jucu. Quem passa por ali não nota as suas ruínas, pois havia uma linha auxiliar no local e a Estação estava próxima a esta linha auxiliar. Com a desativação da Estação a nova linha passava um pouco afastada de suas ruínas, mas na última visita feita ao local com os também pesquisadores ferroviários Da Silva Júnior, seu filho Rafael e Paulo Vitor conseguimos achar as ruínas do seu alicerce, assim como as duas Caixas d’água que abasteciam as Locomotivas a vapor da época. Ambas estão bem próxima uma da outra. Foi encontrado também bem próximo às ruínas da antiga Estação um outro alicerce feito de pedras que julgamos poder ter sido um pequeno armazém de cargas; Casa do Agente da Estação ou uma Casa da Turma de manutenção da via permanente. Conseguimos acessar a linha por uma propriedade rural localizada em Peixe Verde, onde pedimos permissão ao proprietário para acessar a linha (já bem tomada pelo mato) e seguir por ela até o local. Foi sem sombra de dúvida um grande achado que fez valer muito a pena a caminhada.”
Os comentários na sequência fotográfica abaixo também são de Paulo
Neiva. Suas impressões ao visitar pessoalmente o local.
Olha esse trilho que deve ter servido como coluna na antiga
Estação... essa é uma das provas de que era aqui mesmo o local.
Aqui talvez fosse a cozinha da Casa do Agente da Estação que
provavelmente morava nela. Como o lugar é terrivelmente isolado de tudo, era
necessário ele mesmo preparar seu alimento com os mantimentos que vinham no Trem.
Pedaços de trilhos pelo local, ruínas e antigas telhas "nas coxas" atestam ser uma construção
ferroviária sim, quase certeza de ter sido a Estação aqui nesse local.
E essa peça? Parece parte de um ferro de passar roupa á carvão. Teria pertencido ao
agente da Estação?
Paulo Vitor (Zoinhos de Águia) foi quem achou as ruínas. Aqui
relativamente próxima das Ruínas da Estação achamos um outro alicerce que nos
intrigou.
Aqui o alicerce de uma casa relativamente próxima da Estação e
da Caixa D'água. Seria uma casa de turma de manutenção da Via Permanente?
Possivelmente aqui, ou era um Armazém para guardar sacas de
café; ou era a Casa do Agente Ferroviário; ou era Casa de Turma de Manutenção
da via permanente. Está bem próxima das ruínas da antiga Estação e da Caixa d'água.
A casa também tinha o alicerce feito em pedras, possivelmente
também era de madeira e tinha um fogão à lenha no seu interior.
Mais um alicerce feito de pedras encontrado num raio de poucos
metros da caixa d’água e das ruínas da Estação.
Aqui podemos ver perfeitamente o alicerce que poderia ter sido
a Casa do Agente Ferroviário; a Casa de Turma de manutenção da via permanente
ou apenas um barracão para se guardar sacas de café, produto que era abundante
na região.

Ruínas da ponte que existia no local sobre o Rio Jucu para se
acessar a Estação.
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