quinta-feira, 7 de novembro de 2024

ESTAÇÃO MIRACEMA - Ponto final da Linha que vinha de Campos, hoje Estação Rodoviária.

 

Acima e na sequência abaixo, a Estação de Miracema – hoje Estação Rodoviária - em belíssimos registros de Paulo Neiva Pinheiro feitos em 2024.


Belíssima vista aérea de Miracema, vendo-se a Estação e o Pátio Ferroviário na extrema esquerda da foto extraída do Blog O Vagalume.


Acima e abaixo, históricos registros do Jornal Fon Fon do ano de 1917, a chegada festiva de Nilo Peçanha a Miracema. Fotos extraídas do Blog O Vagalume, que faz um belo resgate histórico de Miracema.


Acima e abaixo, o interessante Quadro de Horários dos trens que ligavam o Rio de Janeiro a Miracema. Fotos também extraídas do Blog O Vagalume.


Após visitar todas as Estações e Paradas da Linha de Campos a Miracema, Paulo Neiva Pinheiro chega ao ponto final - Estação Miracema.



 

Estação MIRACEMA - RJ

 

  


Município: Miracema-RJ

Linha de Campos a Miracema – 461,202Km.

Altitude: 137m.

Estação inaugurada em: Primeiro prédio em 17 de agosto de 1883. Prédio atual entre 1935 e 1942.

Estive no local em: Ainda não visitei a Estação. Fotos do amigo Paulo Neiva Pinheiro e do blog O Vagalume.

Uso atual: Estação Rodoviária Municipal.

Situação Atual – Trecho erradicado e sem trilhos.

 

E. F. Santo Antônio de Pádua (1883-1884)

E. F. Macaé a Campos (1884-1887)

E. F. Leopoldina (1887-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996...)



HISTÓRICO:

A história da Linha de Campos a Miracema teve início com duas ferrovias: uma ligando Campos a São Fidélis, aberta em 1° de agosto de 1891 e outra; a E. F. Santo Antônio de Pádua, com uma concessão de 1879, que unia a Estação de Luca (São Fidélis) a Santo Antônio dos Brotos, como era chamada inicialmente a Estação de Miracema, ferrovia esta aberta em 1880, inicialmente de São Fidelis até Santo Antônio de Pádua, chegando finalmente até Miracema em 1883. Em 1891, as duas ferrovias já estavam unidas ligando Miracema a Campos, ambas já pertencendo à Leopoldina.

Antes de chegar a Miracema, o Trem passava pela Estação de Paraoquena, de onde partia o Ramal de Paraoquena - que interligava a Linha de Campos a Miracema à Linha do Manhuaçu pela Estação de Cisneiros.

O trecho Paraoquena-Miracema foi o primeiro a ser desativado. 

No ano de 1980, Trens mistos ainda carregavam passageiros de Recreio a Campos, mas nos anos seguintes, o transporte de passageiros teve fim. A linha permaneceu ativa para cargueiros da FCA por mais algum tempo, transporte este que também foi suspenso.

Nos últimos tempos do transporte de passageiros, os Trens – passageiros ou cargueiros - já sem passar por Miracema, seguiam direto de Cisneiros, na Linha do Manhuaçu, pelo Ramal de Paraoquena até Campos.


A ESTAÇÃO:

Segue a narrativa de Paulo Neiva Pinheiro, que visitou Miracema em 2024... “A Estação de Miracema foi aberta pela E. F. Santo Antônio de Pádua em agosto de 1883, como Estação Terminal da ferrovia que vinha desde Luca (São Fidélis).

Os jornais afirmavam que foi em 13 de agosto, enquanto Cyro Pessoa Jr. na sua obra ‘Estudo Descritivo das Estradas de Ferro do Brasil’, de 1886, dava a data de 17 deste mês. A cidade já se chamava então Miracema, tendo tido o nome alterado do original, Santo Antônio dos Brotos, poucos anos antes.

A data de abertura é citada pelo “Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil’, de 1960 como tendo ocorrido em 17 de agosto. A notícia do jornal A Província de S. Paulo dá o dia 13 de agosto como a inauguração da Linha desde Santo Antônio de Pádua.

A descrição do local em 1884 era: ‘Na Estação da Barra, freguezia de Santo Antônio de Pádua: um edifício no ponto terminal da linha, solidamente construído, e uma casinha de madeira annexa, coberta de zinco’ (Estradas de Ferro do Brasil, Cyro Pessoa Jr., 1886).

Em 1891, com a ligação entre São Fidelis e Campos, Miracema passou a ser a ponta final da Linha de Campos a Miracema, já então da E. F. Leopoldina. A Estação era a que aparece logo abaixo, na primeira fotografia antiga.


Nos anos 1930 (data estimada, pelo estilo do prédio), a Estação foi derrubada e uma maior e mais moderna foi construída.

No início dos anos 1970, o pequeno trecho entre Paraoquena e Miracema foi suprimido, com os Trens passando a correr direto de Recreio, via Cisneiros/Paraoquena, até Campos. A Estação ferroviária de Miracema foi, então, desativada e virou Estação Rodoviária, ainda com este uso em 2024, ano que estive lá.”

(Fontes das pesquisas de Paulo Neiva: página Estações Ferroviárias, de Ralph M. Giesbrecht; Ricardo Q. Mattos; Angel Tostes, 2008; Blog Logradouros de Miracema; Fon-Fon, 1917; Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, 1957; Edmundo Siqueira: Resumo Histórico da Leopoldina Railway, 1938; Cyro Pessoa Jr.: Estudo Descritivo das Estradas de Ferro do Brasil, 1886; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-1980).


O primeiro prédio da Estação Ferroviária de Miracema, em chegada festiva no ano de 1923.


Acima, em frente à plataforma de embarque da Estação Ferroviária de Miracema (vista à esquerda), ainda em atividade então nos anos 1950, o prédio da Fiação e Tecelagem São Martino, aproveitando o algodão que, pelo menos nessa época, era abundante na região (Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, vol. VII, 1957).

Abaixo, o que restou do prédio da Fiação e Tecelagem São Martino, que fica em frente à antiga Estação.



Na sequência abaixo, detalhes da Estação de Miracema – hoje Estação Rodoviária - em fotos de Paulo Neiva Pinheiro feitas em 2024.













Abaixo, outra belíssima vista aérea de Miracema, vendo-se o Pátio Ferroviário e o centro da cidade - foto extraída do Blog O Vagalume.


Próximo à Estação, um busto de Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil.


quarta-feira, 30 de outubro de 2024

ESTAÇÃO FUNIL - Também não existe mais! Lá só restou a antiga Caixa d'água.

Acima, foto raríssima da Estação do Funil ainda de pé, possivelmente a única existente. Conseguida no site: https://www.tremdedados.com.br/estacao-funil/

Abaixo, Paulo Neiva na foto feita em 2024, num ângulo aproximado à foto acima, mostrando o local onde ficava a antiga Estação.


Na foto abaixo, a Caixa d’água. Com os trilhos ao lado, únicos sinais da ferrovia em Funil.


Paulo Neiva e a Caixa d’água. Como ele disse: “’é o que sobrou da ferrovia em Funil”.



aperibe


Estação FUNIL


quarteis



  Município: Cambuci-RJ

Linha de Campos a Miracema – Km 416,021 (1960)

Altitude: 66m

Estação inaugurada em:  01 de dezembro de 1881.

Não estive no local:  Fotos de Paulo Neiva Pinheiro em 2024 e página TREM DE DADOS.

Uso atual: Demolida. 

Situação Atual – Tráfego suspenso. Com trilhos.

 

E. F. Santo Antônio de Pádua (1880-1884)

E. F. Macaé a Campos (1884-1887)

E. F. Leopoldina (1887-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996-20... - tráfego desativado)



HISTÓRICO:

A história da Linha de Campos a Miracema teve início com duas ferrovias: uma ligando Campos a São Fidélis, aberta em 1° de agosto de 1891 e outra; a E. F. Santo Antônio de Pádua, com uma concessão de 1879, que unia a Estação de Luca (São Fidélis) a Santo Antônio dos Brotos (Miracema) - passando pela Estação de Funil - ferrovia esta aberta em 1880, inicialmente de São Fidelis até Santo Antônio de Pádua, chegando finalmente até Miracema em 1883. Em 1891, as duas ferrovias já estavam unidas ligando Miracema a Campos, ambas já pertencendo à Leopoldina.

Antes de chegar a Miracema, o Trem passava pela Estação de Paraoquena, de onde partia o Ramal de Paraoquena - que interligava a Linha de Campos a Miracema à Linha do Manhuaçu pela Estação de Cisneiros.

O trecho Paraoquena-Miracema foi o primeiro a ser desativado. No ano de 1980, Trens mistos ainda carregavam passageiros de Recreio a Campos, mas nos anos seguintes, o transporte de passageiros teve fim. A linha permaneceu ativa para cargueiros da FCA por mais algum tempo, transporte este que também foi suspenso.

Nos últimos tempos do transporte de passageiros, os Trens – passageiros ou cargueiros - seguiam direto de Cisneiros, na Linha do Manhuaçu, pelo Ramal de Paraoquena até Campos, passando pela Estação de Funil.

 

A ESTAÇÃO:

A Estação de Funil foi inaugurada em 1881. A descrição do local em 1884 era: "Na Estação do Funil, freguesia do Monte Verde: um edifício no km 48, construído de madeiras de lei, coberto de telha, a casa anexa de pau a pique, bem como as terras em que são situados pertencentes à mesma outorgante." (Estradas de Ferro do Brasil, Cyro Pessoa Jr., 1886).

Ainda passavam raros trens cargueiros pela Estação de Funil, mas os trens de passageiros deixaram de passar por ali desde o início da década de 1980.

"Da estação, que foi posta a baixo há anos, só sobrou a Caixa d'água que servia as Locomotivas a Vapor" (Carlos Latuff, 10/2006).

Segundo Paulo Neiva, que esteve no local da antiga Estação de Funil em 2024...  “pude notar que muraram o local onde ficava a antiga Caixa d’água metálica e cilíndrica de mais de 100 anos, deixando ela parcialmente aparente agora. A linha ainda está passando pelo local. Está Caixa d’água foi tudo o que sobrou dessa antiga Estação Ferroviária. No lugarejo, podemos ainda encontrar diversas construções de época que foram testemunhas oculares da passagem do Trem pelo local. Pena terem murado o local da Caixa d’água, único remanescente de um passado de glória da localidade.”

(Fontes: Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Carlos Latuff, 2006; Estradas de Ferro do Brasil, Cyro Pessoa Jr., 1886)


Na sequência abaixo, a Caixa d’água em detalhes. Com os trilhos, únicos sinais da ferrovia em Funil.





Abaixo, próximo ao local onde ficava a antiga Estação, prédio com grandes possibilidades de ter sido uma casa de Turma ou outro prédio ferroviário.


No lugarejo, podemos ainda encontrar diversas construções de época que foram testemunhas oculares da passagem do Trem pelo local.




Entre as antigas construções, a belíssima “Casa Colosso Abud Daibes”, construída na década de 1920, Patrimônio Cultural da localidade.





Acima e abaixo, a pequena e bela Capela da localidade.