segunda-feira, 14 de abril de 2025

ESTAÇÃO TRAVESSÃO - Ela ainda está lá, mas bastante descaracterizada.

 Completamente descaracterizada e abandonada, esta era a Estação de Travessão. A plataforma foi praticamente a única coisa original que se manteve.Colocaram uma laje no antigo prédio da Estação. Creio que suas paredes foram aproveitadas para fazerem este prédio mais moderno.

Uma placa de quilometragem que provavelmente já foi removida do local.

Nenhuma porta ou janela original sobrou.


Nem o telhado, nem os escoramentos da cobertura da plataforma... nada ficou para contar a história...




guandu


Estação TRAVESSÃO-RJ


abadia

 

Município: Campos dos Goitacazes-RJ

Linha Do Litoral - Km 332,886 (1960)

Altitude: 32 m

Estação inaugurada em: 10 de novembro de 1877.

Estive no local em:  Ainda não visitei a Estação. Fotos do amigo Paulo Neiva Pinheiro, que visitou a Estação em 2022.

Uso atual: Desconhecido.

Situação Atual – Trafego suspenso. Com trilhos. Mas atualmente, no entorno da Estação foi feito um calçadão cobrindo os trilhos. 


E. F. Carangola (1877-1887)

E. F. Leopoldina (1887-1975)

RFFSA (1975-1996)



HISTÓRICO DA LINHA:

Conforme cita o site estacoesferroviariasde Ralph Mennucci Giesbrecht... 

“O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia constrtuído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória.”


A ESTAÇÃO:

O amigo Paulo Neiva Pinheiro visitou a Estação Travessão em 2022, quando fez as fotos aqui apresentadas. Segue seu relato...

“A Estação de Travessão foi inaugurada em 1877 pela E. F. Carangola e absorvida com a linha pela Leopoldina em 1890. Até os anos 1940, eram citados cinco postos telegráficos com nomes de quilometragens entre as Estações de Campos e de Travessão, postos que eram uma distância bastante grande um do outro. Segundo Nicholas Burman, a Estação de Travessão era utilizada para desembarque de material produzido pela Usina Barcelos. A Estação se encontrava em bom estado de conservação em 2007, embora já extremamente descaracterizada e servindo de Centro Comunitário, como pode ser visto nas fotos de Carlos Latuff. Já serviu também como Jardim de Infância. Na data de minha visita a Estação estava com aspecto de abandono, aparentando estar sem uso. Em frente à antiga Estação existe um pequeno obelisco erguido em 1962, uma homenagem ao Governador do Estado do Rio Celso Peçanha, natural de Campos dos Goytacazes, que foi governador de 1961 a 1962. Em torno da antiga Estação podemos ver construções da época da ferrovia ainda de pé. O local é bem bucólico e tranquilo.”


A linha ainda passava lá quando visitei a Estação, hoje não mais.


A plataforma e a linha ainda estavam lá quando visitei a Estação. Hoje a linha foi aterrada e ali passa um grande calçadão.


Um obelisco de 1962 em frente à Estação em homenagem ao Governador do Estado do Rio Celso Peçanha, natural de Campos dos Goytacazes. 

A Estação de Travessão já bastante descaracterizada, em 21 de julho de 2007 - Fotos de Carlos Latuff.




A Placa indicando "Km 329" da Linha do Litoral. É comum encontrarmos divergências nestas informações, mas o Guia da Estrada de Ferro Leopoldina - 1960 confirma 332,886 km.

Prédios do período áureo da Ferrovia. Ainda existem vários deles próximos a antiga Estação.



sábado, 12 de abril de 2025

ESTAÇÃO JUCU - A primitiva Estação em madeira já não existe mais. Só restou partes de seu alicerce.

 A Estação de Jucu ainda nos tempos da E. F. Sul do ES, por volta de 1900 no belíssimo registro do acervo do IPHAN. Acima, um recorte destacando a Estação. 

Abaixo, a foto original do IPHAN sem recortes.


Nas fotos abaixo, ruínas da Estação Ferroviária do Jucu.


Olha o alicerce feito em pedras, que sensacional!

Aqui uma pequena parte da parede da Estação ainda de pé!


A belíssima Ponte sobre o rio Jucu em foto recente de Paulo Neiva Pinheiro.

A Estação de Jucu ainda nos tempos da E. F. Sul do ES, por volta de 1900. Autor desconhecido.


A Estação de Jucu em outro recorte do belíssimo registro do acervo do IPHAN, ainda nos tempos da E. F. Sul do ES, por volta de 1900.


A Equipe da Expedição: Paulo Neiva; Da Silva Jr; Rafael e Paulo Vitor. Trabalho em equipe!





viana


Estação JUCU-ES

Antiga Jabaeté


usina-eletrica


Município: Domingos Martins-ES

Linha Do Litoral - Km 609,350 (1960)

Altitude: 52 m

Estação inaugurada em:  1900.

Estive no local em:  Ainda não visitei a Estação. Fotos do amigo Paulo Neiva Pinheiro e dos amigos do IPHAN.

Uso atual: Estação demolida.

Situação Atual – Trafego suspenso. Com trilhos. 


E. F. Sul E. Santo (1900-1907)

E. F. Leopoldina (1907-1975)

RFFSA (1975-1996)

FCA (1996 - ...)




HISTÓRICO DA LINHA: 

Conforme cita o site estacoesferroviarias, de Ralph Mennucci Giesbrecht...  “O que mais tarde foi chamada "Linha do Litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia construído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim, foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. No início dos anos 80 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória. A partir de 1996 a linha funcionou para cargueiros por mais alguns anos sendo operada pela FCA. ”


A ESTAÇÃO:

O amigo Paulo Neiva Pinheiro visitou a Estação de Jucu em expedição num trabalho de equipe com Da Silva Júnior, Rafael e Paulo Vitor. Segue seu relato...

“Inicialmente construída pela E.F. Sul do Espírito Santo em 1900, depois encampada pela E.F. Leopoldina como Linha do Litoral em 1907, a Estação de Jucu ficava praticamente no meio do “nada” dentro da mata atlântica, servindo muito mais para abastecimento de água das caldeiras das Locomotivas a vapor do que qualquer outra coisa. Com o passar do tempo, foi gradativamente abandonada. As Caixas d’água de concreto (duas) que captavam água do próprio local ainda estão no lugar. Existiam dois reservatórios interligados por uma tubulação de ferro. De uma dessas caixas saía uma tubulação também metálica que ia até a Locomotiva - essa já surrupiada. Por muito tempo se fez confusão entre esta Parada e a Parada da Usina Elétrica (PCH Jucu). Alguns afirmavam que eram a mesma. Como podemos ver no livro G1- Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960, eram paradas diferentes. A Parada Jucu fica após o Túnel de Pedra dos Ventos, sentido Viana-ES e após o Pontilhão de Ferro sobre o Rio Jucu. Quem passa por ali não nota as suas ruínas, pois havia uma linha auxiliar no local e a Estação estava próxima a esta linha auxiliar. Com a desativação da Estação a nova linha passava um pouco afastada de suas ruínas, mas na última visita feita ao local com os também pesquisadores ferroviários Da Silva Júnior, seu filho Rafael e Paulo Vitor conseguimos achar as ruínas do seu alicerce, assim como as duas Caixas d’água que abasteciam as Locomotivas a vapor da época. Ambas estão bem próxima uma da outra. Foi encontrado também bem próximo às ruínas da antiga Estação um outro alicerce feito de pedras que julgamos poder ter sido um pequeno armazém de cargas; Casa do Agente da Estação ou uma Casa da Turma de manutenção da via permanente. Conseguimos acessar a linha por uma propriedade rural localizada em Peixe Verde, onde pedimos permissão ao proprietário para acessar a linha (já bem tomada pelo mato) e seguir por ela até o local. Foi sem sombra de dúvida um grande achado que fez valer muito a pena a caminhada.”


Os comentários na sequência fotográfica abaixo também são de Paulo Neiva. Suas impressões ao visitar pessoalmente o local.


Achei essa peça metálica no local, levei para o meu pequeno museu ferroviário.

Olha esse trilho que deve ter servido como coluna na antiga Estação... essa é uma das provas de que era aqui mesmo o local.

Aqui uma parte da parede da Estação ainda de pé!



Aqui talvez fosse a cozinha da Casa do Agente da Estação que provavelmente morava nela. Como o lugar é terrivelmente isolado de tudo, era necessário ele mesmo preparar seu alimento com os mantimentos que vinham no Trem.

Pedaços de trilhos pelo local, ruínas e antigas telhas "nas coxas" atestam ser uma construção ferroviária sim, quase certeza de ter sido a Estação aqui nesse local.




Aqui uma espécie de pia ou tanque que ficava na parte de trás da Estação.

Tijolos Maciços da Estação do Jucu.



Acima e abaixo, o alicerce de pedras da Estação do Jucu.

E essa peça? Parece parte de um ferro de passar roupa á carvão. Teria pertencido ao agente da Estação?

Paulo Vitor (Zoinhos de Águia) foi quem achou as ruínas. Aqui relativamente próxima das Ruínas da Estação achamos um outro alicerce que nos intrigou.

Aqui o alicerce de uma casa relativamente próxima da Estação e da Caixa D'água. Seria uma casa de turma de manutenção da Via Permanente?

Possivelmente aqui, ou era um Armazém para guardar sacas de café; ou era a Casa do Agente Ferroviário; ou era Casa de Turma de Manutenção da via permanente. Está bem próxima das ruínas da antiga Estação e da Caixa d'água.

A casa também tinha o alicerce feito em pedras, possivelmente também era de madeira e tinha um fogão à lenha no seu interior.

Mais um alicerce feito de pedras encontrado num raio de poucos metros da caixa d’água e das ruínas da Estação.


Aqui podemos ver perfeitamente o alicerce que poderia ter sido a Casa do Agente Ferroviário; a Casa de Turma de manutenção da via permanente ou apenas um barracão para se guardar sacas de café, produto que era abundante na região.


As caixas d’água conjugadas da Estação de Jucu.

Aqui descia um tubulão de ferro que já foi arrancado e levado, ele levava água até as Locomotivas.


Essa era a caixa primária que através desse tubo embaixo jogava água para a caixa secundária.

A caixa secundária de abastecimento.





Ruínas de onde ficava a Estação de Jucu. Foi sem dúvida um achado e tanto!


A belíssima Ponte sobre o rio Jucu em registro de Paulo Neiva Pinheiro. 

Cabeceiras feitas de pedra da ponte que existia no local, provavelmente de madeira, sobre o Rio Jucu para se acessar a Estação.

Ruínas da ponte que existia no local sobre o Rio Jucu para se acessar a Estação.